terça-feira, 31 de março de 2009

ENTREVISTA ao jornalista Paulo César Alves

O vereador Prof. Luís Carlos (43 anos) é engenheiro eletricista, físico e professor. Natural de Apodi, chegou a Natal ainda muito jovem. Estudou durante sua vida em escolas da rede pública de Natal. Foi o fundador do Curso Gabarito que funcionou em Potilândia, bairro onde mora desde que chegou à nossa Cidade. Lecionou em diversos colégios de nossa Capital, dentre eles: Instituto Brasil, Marista, Nossa Senhora das Neves, Maria Auxiliadora, CDF, dentre outros. Encontra-se em seu segundo mandato parlamentar, hoje pertencendo aos quadros do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).
Foi o autor da criação da Comissão Permanente de Educação, Cultura e Desporto da CMN, atualmente presidida por ele. O seu trabalho Câmara Municipal de Natal tem como foco a educação que segundo ele é o pilar de qualquer sociedade. Além de ser um direito de todos e um dever do Estado, como preconiza a nossa Constituição Brasileira no seu Art. 6º.

Paulo César – Como professor e cidadão, como o Sr. vê a proposta de unificação da linguagem e ortografia na língua portuguesa e o advento da internet com a chegada do “internetês”?
Luís Carlos – A língua é algo vivo que sofre influências diversas, sempre se adaptando e mudando. É natural que os países que falam português, onde habitam mais de 200 milhões de pessoas, busquem uma padronização, que é coerente com o processo de globalização que estávamos vivendo plenamente antes da atual crise mundial, onde o Brasil surgia como um forte país de economia emergente.
Já a internet é mais uma ferramenta de mudança da língua portuguesa. Dela vemos nascer novamente entre os jovens a prática de expressão escrita de diálogos, idéias e sentimentos, que estava abandonada, pois a leitura e interpretação não atraíam essa faixa de brasileiros. Cabe a escola e aos professores trabalharem essa nova vontade de se expressar, canalizando esse hábito adquirido com o “internetês” para a escrita tradicional.

PC – Sendo vereador de Natal, como o Sr. e seus pares tem fiscalizado a qualidade de ensino na rede municipal?
Luis Carlos – Por ter sido sempre aluno de escolas públicas e depois de formado ter exercido a profissão de professor, me identifico muito com a causa da educação. Durante meu primeiro mandato, nós criamos através de Projeto de Resolução a Comissão Permanente de Educação, Cultura e Desporto, onde, como presidente, tratávamos semanalmente com autoridades do setor, além de diretores e professores e sindicato, sobre questões salariais, de estrutura, atendimento de saúde aos alunos, resultados de índices avaliadores do MEC, etc. Aproveitando a oportunidade, destacamos aqui nossos projetos de aulões em finais de semana, aulões pela internet – com mais de 180 aulas disponíveis para download em nosso blog – e as tradicionais aulas de final de ano.

PC – Qual a importância que o Sr. atribui ao ensino técnico em nosso país?
Luís Carlos – O ensino técnico é de fundamental importância, pois agiliza a entrada no mercado de trabalho daqueles alunos que não podem esperar passar no vestibular e terminar o ensino superior. Uma boa formação no ensino técnico é segurança de emprego, pois o aluno termina o técnico como referência de um profissional pronto e com a estabilidade econômica, o objetivo do ensino superior torna-se mais fácil de atingir.

PC – Qual a sua avaliação a respeito dos cursos superiores oferecidos pela rede privada?
Luís Carlos – Existem excelentes faculdades, mas infelizmente, nem todas deveriam ter seus cursos reconhecidos pelo MEC, tal a qualidade de seu ensino. Cabe aos estudantes não fazerem escolhas que o prejudiquem em sua formação superior. É necessário se informar sobre a faculdade, sobre o reconhecimento do curso desejado junto ao MEC. O governo federal deveria ser mais severo com as faculdades privadas, fiscalizando e punindo com mais intensidade aquelas que não atingem um nível mínimo de qualidade no sistema superior de ensino.

Transcrito do Jornal de Natal de segunda –feira, 23/03/2009, pág A6. - Coluna do PC

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