terça-feira, 20 de outubro de 2009

Opiniões divididas no PMDB

Posicionamento de Garibaldi em relação a 2010 reflete clima de racha vivido no partido
Antonio Ricardo // Especial para o Diário de Natal

As declarações do senador Garibaldi Alves Filho (PMDB) ao presidente Lula no início da semana, afirmando que prefere apoiar a candidatura da senadora Rosalba Ciarlini (DEM) ao governo, reflete o clima de racha vivido pelo PMDB no Rio Grande do Norte. O teor da conversa já repercutiu entre os vereadores e deputados da base do partido. Se depender do vereador Luiz Carlos, a aliança com o DEM, iniciada em 2006, deve ser fortalecida com relação ao pleito de 2010. Para o deputado Nélter Queiroz, o mais correto é a legenda seguir unida com a governadora Wilma de Faria (PSB).

Luiz Carlos acredita que o PMDB contribuiu para que o nome de Rosalba se fortalecesse na eleição para o senado em 2006 e que as bases entenderam e aceitaram a união dos dois partidos. "Por isso que eu defendo a reprodução dessa aliança no próximo ano. O nosso partido ajudou na eleição de Rosalba, porque agora temos que deixar de lado? Sou favorável a que caminhemos juntos em 2010", afirmou. O vereador não considera a consolidação de um acordo entre PMDB e PT a nível nacional uma prerrogativa para a reprodução dessa aliança no estado. Segundo ele, já ficou provado que a aproximação entre os dois partidos não rendeu bons frutos. "Nem tudo que ocorre em Brasília pode ser feito aqui também, até porque os estados tem a sua peculiaridade. O maior exemplo foi a eleição do ano passado", reafirmou.

O deputado estadual Nélter Queiroz pensa diferente. Ele é um dos adebtos da tese do deputado federal Henrique Alves, que defende uma aliança entre PMDB, PT e PSB. Além disso, ele admite que o partido está dividido. "Uma parte quer ficar junto com o DEM, outra prefere uma parceria administrativa e ainda temos uma terceira divisão, que está esperando ter seus pleitos atendidos para tomar uma posição". O parlamentar disse que sente dificuldades em apoiar a reeleição de Garibaldi ao senado, caso se confirme um acordo entre DEM e PMDB. "O governo tem compromissos na minha região que acredito que serão cumpridos, por isso não tenho condições de seguir junto com esse grupo." Para Nélter, as declaraçoes de Garibaldi foram precipitadas. "Em nenhum momento Rosalba e José Agripino afirmaram que votariam em Garibaldi. Ele se precipitou em tomar essa postura e pode perder muito com isso", finaliza.

Diário de Natal - sábado, 17 de outubro de 2009

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