terça-feira, 15 de abril de 2008

Atendimento do SAMU nas escolas debatido na Câmara Municipal

Impasse no atendimento de urgência é alvo de discussão entre vereadores
A audiência foi articulada pelo prof. Luis Carlos no dia três de abril.

A discussão sobre um impasse entre os diretores de escolas públicas municipais e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) movimentou a manhã desta quinta-feira (3), na Câmara Municipal do Natal. Os diretores de querem soluções para o atendimento e deslocamento de estudantes que sofrem acidentes dentro das escolas. A audiência pública foi proposta e presidida pelo vereador Luís Carlos (PMDB).Criado para fazer atendimento a casos de urgência, o SAMU só atende os alunos nos escolas quando há gravidade e a necessidade de socorro rápido - o que, segundo os membros do serviço, não ocorre com tanta freqüência em Natal.Segundo o coordenador do Sistema de Urgência do SAMU, Luiz Roberto Fonseca, os problemas dos alunos geralmente correspondem a dores de cabeça, pequenos cortes e escoriações, que não são postos como prioridade nos atendimentos do serviço.
"Quando há uma perfuração grave, ou outro problema mais sério, por exemplo, o SAMU faz o socorro. Mas não há a possibilidade de transportar os alunos que têm problemas sem tanta gravidade", explicou Luiz Roberto, reiterando que o deslocamento de crianças e adolescentes só é permitido sem autorização dos pais quando há risco de morte.
Por outro lado, os diretores das escolas municipais queixam-se do fato de que os próprios educadores tenham que transportar aos hospitais os estudantes que sofrem acidentes dentro do colégio.
De acordo com a diretora Edna Maranhão, da Escola São Francisco de Assis, do bairro Nazaré, a prática é comum entre as diretoras das escolas municipais de Natal. Como exemplo, a diretora falou sobre um episódio em que teve que levar um garoto que teve um pequeno corte no rosto. "Tive que bater na porta de dois hospitais, porque disseram que só um cirurgião plástico poderia dar três pontos no rosto do menino. E era um corte bem pequeno, que todo mundo via que não era grave", queixou-se a diretora.
Devido ao problema, os participantes da audiência pública querem que a Prefeitura de Natal encontre soluções imediatas para o deslocamento dos alunos que necessitam de cuidados médicos.
"Quando há uma perfuração grave, ou outro problema mais sério, por exemplo, o SAMU faz o socorro. Mas não há a possibilidade de transportar os alunos que têm problemas sem tanta gravidade", Luiz Roberto Fonseca, coordenador do SAMU.

"O que nós não podemos é ficar levando os alunos (aos hospitais), correndo riscos de nos acidentar", declarou Edna Maranhão, ouvindo o "coro" do coordenador do SAMU: "O SAMU não vai fazer isso (transporte de pacientes sem casos graves)", declarou Luiz Roberto Fonseca.
Reportagem veiculada pela TV Câmara - CABO canal 37.


Créditos:
Vídeo: TV Câmara
Matéria: Jornal de Natal
Fotos: Elpídio Júnior

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